Quisera eu como Cecília morrer
tão inflamada de amor, cujas cordas
vocais, embora dilaceradas cantavam
melodiosas o amor que as inflamava.
O último e forte motivo para
apartá-la do amor que a nutria,
Tentou por três vezes perder-lê a vida
Separar o seu corpo de sua cabeça,
o algoz determinado assim a feria.
Querem separar-Te, oh Cristo,
de seu corpo que és Tu a cabeça
e o corpo por Ti conduzido peregrina
no mundo a proclamar-Te.
Cecília, embora em leito de morte,
Ensinou ainda Tuas maravilhas.
Quero eu também cantar morrendo
de amor maravilhas em canção,
esperando ainda em vida, ter um último
motivo a impulsionar-me com mais desejo
a alcançar a vida sem fim que ainda em Ti
espero.
Meu coração está pronto,
se o recebo em comunhão
que importa que o meu corpo feneça,
se o Teu habita nas moradas eternas
lá do Céu?
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