sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Teu olhar (20.08.15)

Melodia doce o Teu olhar,
enquanto em mim, amarguras me fazem afundar.
Afundam-me na falta de generosidade em Te entregar meu tudo.
Aquela pobre mulher, não tinha nome nem ninguém por ela.
Nem marido nem filhos à acompanhar.
Pensava ela estar só.
Teu dulcíssimo olhar lhe era oculto à fazer-lhe companhia...
Levantando os olhos, fitou-a e a viu dar tudo que tinha e já não lhe restara nada para viver,
a não ser a graça emanada do Teu olhar.
Não tive a mesma atitude que aquela mulher.
Teu olhar não me encontrou dando-me inteira.
Sobras te dei ficando comigo muito para sobreviver.
Aquela mulher vive da Tua graça.
Eu sobrevivo do meu egoísmo que travou meu tudo doado.
Quando levantar Teus olhos novamente,
quisera eu que me encontre despojada do meu nada,
pensando ser meu "tudo", que,
de fato, vai ser sempre nada se não se encontra entregue diante do Teu doce olhar.

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