quinta-feira, 13 de abril de 2017

Caminhos (09.02.17)

Para onde caminham
Aqueles famintos de Ti?
Não sabem que são famintos?
Não sabem que Tu és maná?

Para onde caminham
Aqueles sedentos de Ti?
Não sabem que definham?
Buscam longe a fonte que está aqui...

O que posso fazer?
Como posso atraí-los a Ti?

Dão voltas em torno do Teu altar
E não se detém um instante...
Mas se é de Ti que precisam,
onde estão indo?

Também estive errante...
Caminhava sem rumo,
Mas bastou um olhar Teu
E me aprisionastes em Teu amor.

Espinhos restauradores

Flores belas procurei
Lírios ou uma rosa, talvez
Espinhos apenas encontrei
É assim que vou coroar-Te, meu Rei?

Minhas mãos se erguem e Te coroam
Tanta dor em meu coração...
Que diria eu de Tua dor, então?

Não era assim que eu queria
Eram flores belas que em meu sonho havia...
Só pude dar espinhos que te perfurariam...

Mérito em mim não havia...
Como flores poderia dar-Te eu?

Pensamentos pequenos são os meus
Nunca imaginar eu poderia
Que o sangue que os espinhos provocariam
Flores diversas que no meu jardim nasceriam

A mulher deformada ofereceu-Te espinhos
A mulher restaurada oferecerá a Ti
Não uma, mas diversas coroas
Cujas cores ora são amor, ora castidade
Ora obediência, ora oração pela humanidade!